Observatóri@, 4 de Junho
Léia Almeida
No Brasil as desigualdades se manifestam cruelmente, cercando, sobretudo a vida das mulheres negras, base da pirâmide social e econômica desse país. A pandemia escancara a perversidade da elite brasileira, incapaz de qualquer gesto que fuja do parasitismo em terceirizar questões mínimas como levar os cães para passear ou retirar seu próprio lixo. O gênero, raça e a classe traduzem outras disparidades, como é o caso do trabalho de cuidado. Em nossa sociedade movida pela geração de desigualdades, o trabalho remunerado de cuidar e zelar da vida dos outros, produz, em contradição, outras desigualdades. Existe, portanto, uma camada assimétrica de afetos, atenções e cuidados destinados a membros da elite quando comparada aos demais integrantes da população que compõe a base da pirâmide social.
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